quinta-feira, 16 de abril de 2009

“A educação da criança de 0 a 2 anos”

Sabe-se do grande avanço em relação à educação infantil, pois historicamente a criança não era percebida em sua plenitude. Hoje, após um longo período, constata-se a importância de uma infância saudável para o desenvolvimento do ser humano.
Por meio das entrevistas realizadas com profissionais dessa área, em nosso município, observou-se que muitas mudanças foram realizadas positivamente, portanto existe ainda um dos maiores desafios, que é a capacitação adequada aos profissionais que atuam diretamente com nossas crianças. É sabido que esses profissionais têm até boa vontade em relação ao trabalho realizado com as crianças, mas estão aquém de uma qualificação adequada e amparada por lei.
De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, a criança só terá um desenvolvimento integral se, as instituições oferecerem não apenas segurança e tranqüilidade, mas, informações e aprendizagens que sejam significativas para ela. E para isso, partem de alguns princípios, aos quais todas as instituições de Educação Infantil devem estar fundamentadas: o respeito à dignidade, o direito às brincadeiras, o acesso aos bens socioculturais e à socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversas práticas sociais.
As atividades planejadas para serem desenvolvidas com as crianças devem apresentar-se de maneira lúdica, porém embasadas em situações pedagógicas.
Piaget (1975), afirma que as crianças constroem seu próprio conhecimento de mundo, a partir de suas atividades motoras sensoriais, ele reconhece esta etapa do desenvolvimento, de fundamental importância para aprendizagens futuras.
Dessa maneira cada Instituição deverá elaborar a sua proposta curricular, priorizando brincadeiras no espaço interno ou externo, roda de história, roda de conversa, ateliês e oficinas de desenhos, pinturas, modelagens e música.
Os jogos, brinquedos e brincadeiras se constituem em atividades básicas que, por um lado, contribuem para o desenvolvimento físico, motor, emocional e por outro lado, podem servir de laboratório onde se pratica e aprende as regras da sociedade em que vivemos e para qual deve-se apresentar uma parcela de contribuição.
Para Oliveira (2002), a brincadeira oferece o equilíbrio afetivo da criança e contribui para o processo de apropriação de signos sociais. Cria condições para uma transformação significativa da consciência infantil, por exigir das crianças formas mais complexas de relacionamento com o mundo.
Define-se também que o projeto político-pedagógico de cada centro de educação infantil comtemple o “cuidar e o educar” que como já vimos são indissociáveis. E por meio desse projeto se expresse concepções que revelem a visão de mundo e compreensão dos educadores sobre o processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, sobre os conhecimentos que cada grupo etário precisa desenvolver no período em que lá estiver.
Para que um Centro de Educação Infantil desenvolva um trabalho de excelência sabe-se que muitas competências devem ser construídas, principalmente pelo professor que atua diretamente com os pequenos. Já, os diretores e coordenadores pedagógicos são os responsáveis por elaborar e sistematizar a formação permanente dos professores, implementando projetos de formação que permitam a construção passo a passo das competências, para assim garantir a qualidade do atendimento às crianças.
Enquanto educadores, podemos concluir que se formos capazes de perceber a dimensão qualitativa do ato de brincar das crianças, quem sabe, em um futuro próximo, tenhamos adultos mais felizes.






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