sábado, 18 de abril de 2009

A relaçao de "Uma pedagogia da Autonomia" com a formação de um sujeito ético-político

O homem é por natureza um ser político, uma pedagogia da autonomia embasa ou fundamenta uma prática educacional que formará um sujeito ético-político.

Uma pedagogia da autonomia está associada com a formação de um sujeito ético-político, pois tem como fundamento “tratar o ser humano na sua totalidade” ou seja, como um ser de ação. Que trabalha, sonha, gera conhecimentos, tem competência criadora é capaz de projetar seu futuro. Considera-o um ser pensante, que reflete, critica, é objetivo, problematiza e consegue solucionar problemas de forma ética.
Permitindo ao educando seu desenvolvimento de maneira plena, oferecendo recursos para que ele compreenda o mundo e venha a tranformá-lo para melhor, respeitando as pessoas, é certo que está se formando um sujeito ético-político.
Aqui no Brasil há um longo caminho a se percorrer para uma pedagogia da autonomia, sabemos que a educação aqui, caminha a passos lentos.
Nos deparamos ainda com profissionais que vêem o educando como um mero expectador, que passam conhecimento sem que haja interatividade, o que é pior, não consideram o conhecimento que o aluno traz consigo.
Sabemos que há educadores comprometidos com seu ofício, que estão numa constante busca de aperfeiçoamento, porém necessitamos mais. Porque além de professores capacitados o governo tem de tratar a educação com mais seriedade, ela é fundamental para o desenvolvimento e crescimento de uma sociedade ativa, justa , humana e democrática.
Se isso já viesse acontecendo, não existiria tanta exclusão, marginalidade, violência, miséria e políticos corruptos. Essas constatações são reflexos de uma educação que visa interesses políticos e até particulares, não o “educando” na sua essência.
Dentro de uma pedagogia da autonomia não existe espaço para injustiças e discriminações, é verdade que há limites que devem ser respeitados, porque o homem não cresce sem que eles existam, a autoridade se faz necessária.
Há que se esclarecer que os limites estão intimamente ligados à autoridade e não ao autoritarismo, com já vimos em outras pedagogias.
Portanto, uma pedagogia da autonomia oferece um educador que pensa, saiba como desempenhar sua função, permitindo que o educando seja o sujeito da sua própria aprendizagem, que nele sejam trabalhados conceitos, valores de uma pessoa de bem, que realmente venha exercer sua cidadania.
Assim, com essa prática intencionalizada formará-se um “sujeito ético-político” que contribuirá a partir de sua própria especificidade para a construção de uma humanidade modificada, pois, o futuro só será melhor , se houver uma tranformação do presente.

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