quinta-feira, 16 de abril de 2009

Sobre o capítulo 38 do livro – Os fazeres na Educação infantil

Os fazeres na Educação infantil - “Comer, comer... comer, comer...é o melhor para poder crescer...”

Sabemos que até bem pouco tempo atrás, a alimentação das crianças era uma tarefa que cabia à família, mais precisamente à mãe.
Porém, com a entrada das mulheres no mercado de trabalho, houve modificações no modelo familiar, o que levou a escola adaptar-se para receber nas creches, crianças muito pequenas e conseqüentemente a alimentação das mesmas.
Tanto a família quanto a escola educam, devem ser parceiras, pois suas funções são diferentes, mas, uma complementa a outra. A relação entre família e escola deve acontecer com ações respeitosas de ambos os lados.
No ato da matrícula há a necessidade de se levantar um histórico do processo alimentar da criança, suas preferências a até eventuais riscos e agravos à saúde que a família já tenha detectado.
Alguns cuidados deve se ter com as necessidades nutricionais diferenciadas de cada faixa etária, porque a alimentação de um bebê de três meses, não pode ser a mesma quando ele tiver completado uma ano, por exemplo, a mudanças é rápida, desde a variação de textura da alimentação até a quantidade.
Todos esses procedimentos têm ser acompanhados de nutricionistas e pediatras, bem como a elaboração de cardápios que deve ser variado, adequado às diferentes idades das crianças e diferentes necessidades.
O cardápio tem de garantir qualidade dos produtos, quantidade dos alimentos, variedades dos produtos e sua preparação, adequação ao clima, idade das crianças, condições fisiológicas e cultura regional.
É de fundamental importância que os profissionais que participam da preparação e manipulação dos alimentos, recebam formação para isso, para evitar contaminação e agravos à saúde das crianças.
“A alimentação humana está diretamente ligada ao conceito de cuidar. A base do cuidado humano é compreender como ajudar o outro a se desenvolver como ser humano. Cuidar significa valorizar e ajudar o outro a desenvolver suas capacidades.” ( BRASIL, 1998)
Os rituais ligados à alimentação baseiam-se na necessidade do homem associar-se, portanto a rotina de alimentação de um centro de educação infantil é uma ótima oportunidade para o exercício do cuidado porque ela é coletiva, cheia de rituais, e de maneira geral, prazerosa.
Cabe ao educador e aos demais funcionários dos centros de educação infantil, alimentar os pequenos quando esses ainda não conseguem alimentar-se sozinhos, ajudar e orientar aqueles que já estão começando a alimentar-se sozinhos, pois dessa maneira as crianças vão adquirindo sua autonomia, treinando o uso adequado de talheres, regras de comportamento à mesa e inclusive a perceber quando já estão satisfeitas. Já com crianças maiores, é importante incentivar que elas mesmas se sirvam, pois essa prática a levará decidir o que comer, a organização dos alimentos no prato, essas atividades requerem planejamento, seqüências passo a passo e intervenções por parte do educador.
Para que as atividades propostas pelo professor sejam realizadas da melhor maneira, é importante que o educador estabeleça combinados com as crianças, essa estratégia ajuda a resolver situações difíceis que possam surgir ao desenvolverem tais tarefas.
Entendemos que um centro de educação infantil ou creche deve contar com um diretor e um coordenador pedagógico e eles são os responsáveis por estruturarem o seu funcionamento , buscando melhorias em todos os atendimentos realizados naquele espaço.
Uma escola comprometida e cuidadosa é aquela que considera seus alunos capazes, que respeita suas histórias e preferências, integra saberes da cultura de seus alunos, respeita as diferenças, oferece informações de outras culturas, outros hábitos, permitindo que cada aluno experimente e reflita, sendo assim sujeito e produtor de conhecimento, que vai agregar valores
à sua vida.

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