quinta-feira, 5 de março de 2009

Os caminhos da Educação

A educaçao se faz em todas as sociedades e em diversas formas porque não existe um único modelo de educação.

E, assim vem se compondo a História da Educação, sua existência é observada em todos os povos, todos os tipos de sociedades e culturas. Ela acontece na família, na comunidade onde se vive, pois pode ser transmitida de geração a geração e entre as comunidades como troca de saberes.

Há exemplos de tribos que a criança aprende com a natureza, orientada por adultos mais experientes, as meninas aprendem com as mulheres da aldeia ( irmãs, mãe, avós, entre outras ) o que se é necessário dentro da sua cultura, uma mulher saber para a vida em comunidade. A mesma coisa acontece com os meninos, que aprendem com os pais, aquilo que é destinado ao homem da aldeia aprender.

Como para a comunidade, existe tipo de saber, existe também modo de ensinar. Ainda não havendo escola formal, os grupos criam e aplicam métodos de acordo com suas tradições culturais. As situações de aprendizagem para uma sociedade, poderá ser uma ofensa para a outra, porém, as pessoas não se desenvolvem física e intelectualmente por acidente. A educação está também nas relações sociais com
a intençaõ de ensinar- aprender, a esse processo cumulativo de situações de aprendizagem por meio de experiências pessoais chamamos de endoculturação.

Em comunidades onde ainda não há divisão social de trabalho entre classes desiguais, a aprendizagem se dá sem ensino formal e especializado.

Na Grécia, a primeira educação foi realizada entre todos que conviviam em comunidade, desde as relações familiares até a convivência entre os jovens, pois para os gregos era importante as trocas de saberes nas relções interpessoais.

Os pobres, por muitos séculos aprenderam fora da escola, em oficinas e trabalhos nos campos , os ricos também aprenderam fora da escola , mas sempre acompanhados de velhos mestres. Ainda no início de sua história a educação já era restrita a poucos.

A escola “aberta a todos” surgiu da necessidade de democratização do saber, mas, os nobres não frequentavam essa escola, eram encaminhados para onde formavam-se modelos de adultos educados, porque para os gregos, um homem educado era uma “obra de arte perfeita.”

Como havia diferentes classes de educandos, havia também diferenças entre educadores, para os plebeus a educação dava-se sob a orientação de artesãos – professores e para os nobres, escravos pedagogos e educadores nobres.

O objetivo da educação grega era a de formar um sujeito perfeito, um homem sábio, livre, mas aperfeiçoável aos ideais gregos, dessa maneira, a educação grega não era direcionada à criança, ela não a considerava como ela era, mas, para um modelo idealizado, fazê-la rapidamente um adulto perfeito.
Bem, na educação romana a educação da criança começava em casa, era um compromisso doméstico, ela aprendia com os mais velhos a preservar e valorizar seus antepassados, bem como sua formação da consciência moral. A família era comprometida com a educação da criança e até os sete anos o papel de educadora era da mãe, após os sete anos, o pai era o responsável pela educação do flilhoa e este, não o dividia com ninguém, educando-a de acordo com seus princípios, valores e crenças.

Com o passar dos anos os mestres pedagogos começam a impedir essa pedagogia familiar, pois queriam para os educandos o saber que forma a consciência, que é a sabedoria, e que vende o saber de ler e contar, como uma mercadoria.

Neste caminho percorrido ao longo dos séculos a educação sofreu muitas evoluções, mas não podemos fazer qualquer referência à educação sem enfatizar a importância da Grécia, que afinal é considerada o berço da civilização, sua contribuição nesta àrea, mais precisamente, nos ideais de formação humana. O mundo grego foi elementar em suas tendências pedagógicas.

A educação nos dias atuais vem acompanhada de grandes transformações, com os avanços das tecnologias de informação e comunicação, nos levam a repensar as práticas pedagógicas que certamente deverão transformar-se para associar-se a “terceira revolução industrial.” Ela é o grande recurso que existe para compreender e saber viver essa recente estruturação do mundo, a ela cabe a continuidade do processo de desenvolvimento econômico, social. Oferecer suporte para que as pessoas possam seguir esse processo de globalização, formando cidadão consciente e qualificado , capaz de competir num mercado de trabalho de igual maneira, sejam ricos ou pobres, mas que ambos tenham tido uma educação de qualidade.

Os educadores necessitam refletir sobre a natureza do conhecimento a ser trabalhado pela escola, focando o ensino sobre a condição humana para poder desenvolver uma educação voltada à preocupação com a ética do gênero humano, para isso a formação dos educadores também necessita ser revista, há que se exclarecer sobre os curso, habilitações, currículos e a práticas pedagógicas que levem à formação do educando como um todo. Estabelecendo uma relação de controle mútuo entre a sociedade e os indivíduos, pela democracia e conceber a humanidade como comunidade única.